sexta-feira, 13 de março de 2009

O INTERNACIONAL não pode deixar de ser O CLUBE DO POVO DO RIO GRANDE DO SUL

O Wianey Carlet, no seu blog no ClicRBS, postou comentário (acho que foi ontem) sobre o fato de o INTER, como parte dos festejos do CENTENÁRIO, ter organizado um banquete no GIGANTINHO, com ingressos ao preço de R$ 200,00 - todos já devidamente esgotados, em tempo recorde. Dizia o colunista que, embora seja um clube de raízes populares, em função dos altos custos que demanda o futebol profissional de alto rendimento, pela expansão do quadro de SÓCIOS - o maior da América e um dos 10 maiores do Mundo -, mudando o perfil da frequência nas ARQUIBANCADAS, que acaba tornando-se inevitável uma certa elitização do CLUBE. Quem frequenta o GIGANTE já percebeu há tempos que aquele pessoal mais humilde, que pedia uma contribuição para poder assistir aos JOGOS - "ô, tio! Consegue 5 pila aí que tão faltando pra eu pode entrar" - já desapareceu das cercanias da Padre Cacique: o preço do ingresso é tão caro hoje - quando ainda tem disponível na hora do JOGO, pois os SÓCIOS já se encarregaram de lotar o BEIRA-RIO dias antes das partidas mais importantes - que seriam necessários muito mais do que '5 pila' pra garantir um ingresso.

Entendo que o CLUBE não pode rasgar dinheiro, que pra se manter no alto padrão competitivo alcançado necessita deste aporte, focando as ações no ASSOCIADO - até aceito o aumento de mensalidade proposto de última hora, avisado em cartinha enviada pelo correio e recebida poucos dias antes da cobrança ... mas deixar na mão o POVÃO, aquele que, como se sabe, faz (ou fazia) toda espécie de sacrifício para apoiar o TIME quando a coisa tava preta, não dá pra aceitar.

Acho que com a alardeada remodelação do GIGANTE, uma providência simples deveria ser tomada, ao menos: já que a arquibancada inferior vai ser aumentada, chegando quase até a beira do gramado ('La Bombonera 2'), e que neste espaço, antigamente ocupado pela saudosa CORÉIA de tantas histórias, costumavam ficar os TORCEDORES mais humildes, não ficaria mal se fossem reservados pelo menos uns dois ou três mil ingressos para TORCEDORES comuns, a preços populares, sem venda para SÓCIOS, para que as origens populares do CLUBE sejam valorizadas não só no discurso. O CLUBE não ficaria mais pobre e aquele cara que pedia '5 pila' pro 'tio' pra entrar voltaria a colaborar com seu grito à beira do GRAMADO DO GIGANTE (desde que rápido no gatilho). Afinal, AQUI É INTER, não clube de playboy metido, torcedor de ocasião, como alguns por aí!

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